quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Coisas de Mulheres I

Descobri hoje, ao arrumar a gaveta da comoda, que tenho vernizes para as unhas suficientes para pintar uma estrutura do tamanho do Pavilhão Atlântico.
E pior, tenho um baton para cordenar com cada um deles.
Quer dizer, gastei eu uma pipa de massa naqueles carrinhos práticos para arrumar a maquilhagem, com compartimentos para colocar cada uma das coisas e quando dou por mim estou precisar de um barril de petróleo só para arrumar batôns e vernizes, um de cada por cada tonalidade reconhecida pelo espectro de cores (e aposto, que algumas ainda por identificar).

sábado, 23 de agosto de 2008

A conversa da semana

-A beleza não é fundamental.
-Hum, tá...
-A sério, bom é ser uma pessoa porreira, simpática, divertida...
-Hum-hum...
-Não estás a entender, o importante é ser uma pessoa inteligente, interessante, dada...
-Dada eu sou... O que eu não sou é comida.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Cara e Coroa


O amor

(no café)







Ethel: Nas relações o tempo é relativo: um amor eterno chega a durar seis meses.

Evey: (risos) Não, o amor dura para sempre. As pessoas é que dizem amar por tudo e por nada.

Ethel: Como assim?

Evey: Amamos os sapatos novos, os dias de sol, os saldos...

Ethel: (risos) E qual é o mal disso? Eu amo os meus Ferragamos!

Evey: O problema é esse mesmo! Os sapatos novos daqui a uns tempos ficam velhos e atiramo-los para o fundo do armário. Ou passam de moda e todo o dinheiro que gastamos neles nos parece um desperdício.

Ethel: Pois, acho que nisso tens razão, as relações às vezes são como os sapatos. Por mais que magoem os pés continuamos a andar com eles porque são lindos e nos sentimos fantásticas com eles mas no final do dia restam só as dores nos pés.

Evey: Não acredito que estamos a comparar o amor a sapatos (risos). Não podes ser assim tão reducionista, as coisas não são assim tão simples. O amor não é linear.

Ethel: Tu é que começaste!! (risos)

Evey: Não, eu disse que dizer que amamos coisas que se estragam, se partem, se perdem é que dá uma ideia errada do amor.

Ethel: uhuu, lá estás tu... (risos) Agora eu não amo os meus sapatos, é isso?

Evey: Não podes amar algo que te pertence.

Ethel: O amor é isso mesmo, desejo de posse.

Evey: O amor é uma necessidade de entrega.

Ethel: Necessidade que o outro se entregue, isso sim.

Evey: Também... Mas não por posse mas porque se deseja uma unificação por inteiro.

Ethel: Perdi-me completamente desse teu raciocinio (risos)

Evey: Olha, às vezes é bom baixar as defesas e deixar que te tenham na mão. Por o medo de lado, amar e deixar que te amem.

Ethel: Para ser atirada para o fundo do armário...

Evey: (risos) Sim, às vezes é o que acontece.

Ethel: As pessoas relacionam-se porque têm medo de ficar sozinhas, têm pavor da solidão.

Evey: (risos) Então estás aqui comigo porque não gostas de estar sozinha?

Ethel: Também... Nenhuma relação é completamente desinteressada. Esperamos sempre algo em retorno, seja amizade ou amor.

Evey: Agora fui eu que me perdi... Como assim?

Ethel: Esperamos sempre algo de quem nos relacionamos. Esperamos que retribuam, que nos apoiem, nos façam companhia... Nem que seja para nos sentirmos úteis, o altruismo é uma utopia.

Evey: Às vezes só queremos fazer outra pessoa feliz!

Ethel: Nem que seja para depois nos podermos lamentar da nossa própria infelicidade e afogar em auto-piadade, não é?

Evey: Sim, de certa forma, concordo contigo...

Ethel: Vês? Essa de amar para sempre incondiconalmente é um conto de fadas que te metem na cabeça (risos). O amor é uma fuga à solidão.

Evey: Ui, de onde é que isso saiu agora? (risos)

Ethel: O amor é uma desculpa. Desculpa para se casarem e ficarem o resto dos dias a suportarem-se um ao outro só para não estarem sozinhos.

Evey: Isso não é amor, é cobardia. Amar exige coragem!

Ethel: Coragem? (risos)

Evey: Sim, coragem para ficar sozinha se um dia a pessoa que amamos for embora.

Ethel: Oh, ai procura-se outra para amar e o ciclo continua.

Evey: É isso que não entendes... O amor acontece, não se procura, não se econtra. Preenche-te um vazio que nem sabias que tinhas.

Ethel: (risos) Cala-te.

Evey: (a cantar) Love is a many splendored thing

Ehtel: Cala-te!!!!! (risos)

Evey: (ainda a cantar) Love lifts us up where we belong, all you need is Love

Ethel: (risos descontrolados) Cala-te!!

Evey: (a cantar e a estalar os dedos) All you need is Love...

Ethel: (entre risos tapa a boca de Evey com a mão) Traga-me a conta por favor!

Evey: (em plenos pulmoes articulando por baixo da mão de Ethel) ooooll iuu nniiiid is wooovee tuff tu tu ru tuufff

Ethel: (risos) Love is just a game.

Ambas: (risos)

Ethel: Não te rias, pagas tu ó Princess Bride!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Interrompemos a programação habitual...


Para informar que as autoras deste blog vão tirar mais uns diazinhos de férias das próprias férias e embarcar num retiro de três dias num spa.

Posts, esses só lá para sábado.

Tenham uma boa semana =)

About to Break II

No carro com o irmão de uma amiga minha que me deu boleia, ele a falar sobre o panorama político português quando eu tento falar sobre o facto presidente do Governo da Madeira andar a falar em criar um novo partido.

Ele - Oh, não fales do que não sabes!
Eu - Desculpa?!
Ele - Tens o que, 17 anos?
Eu - 19.
Ele - Se te visse na rua dava-te uns 17.
Eu - E daí? O que que isso tem a ver?
Ele - E daí que tens idade para ser minha filha, não percebes nada de política.


Normalmente não me importo que me substimem, fica a carta guardada na manga para quando preciso dela, mas há alturas em que os insultos à minha inteligência me revoltam profundamente.

Sou nova, sou infantil.
Sou mulher, não sei conduzir (e muito menos trocar um pneu!).
Sou gira, não tenho nada na cabeça.
Pior que tudo isso, tenho um fraquinho por sapatos e lenços o que me torna numa miúda fútil cuja vida gira em torno do roupeiro.

Talvez tenham razão e eu seja mesmo infantil. Quando me dizem estas coisas, uma boa parte de mim quer meter os dedos nos ouvidos e berrar bem alto e repetidamente "NÃO TE ESTOU A OUVIR!".

Isso ou ir fazer queixinhas aos pais deles.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Why Santa?! Why?? III

Depois da aula de Yoga, nos balneários a trocar de roupa, reparo que a miúda que fica sempre no tapete ao lado do meu tem a roupa interior igual à minha e comento com ela a coincidência.

Eu - Mas a etiqueta não te faz comichão?
Ela - Faz mas eu nunca as corto.
Eu - Hum? Porquê?
Ela - Para se notar que é original.

Ora bem... Tendo em conta que a lingerie para mim é como os enfeites dos bolos, não se come mas deixa com água na boca e aguça a vontade de comer, expliquem-me, por favor, qual é o homem que ao ver a jovem quase nua olha para as etiquetas?!
Aliás, quem é a jovem que quer ser vista quase nua por um homem que sabe a diferença entre um sutien"la perla" e um "la senza"?!
Para mim todo o homem que veja algo mais do que "preto e semi-transparente" já começa a ser duvidoso.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ethel, Evey & Friends em Férias III

Em El Pozo de los Humos



Momento "ooooh" do dia


M. (tirando os sapatos) - Dança comigo.

H. - Aqui?

M. - Agora.

H. -Não sejas parva, nem há música...

M. - Shiuuu... Há sim.

H. - Há alturas em que me fazes querer não ser gay.



El Poso é LINDO! Aaah... entretando não há fotos pois uma certa e determinada desastrada - Um rebuçado para quem adivinhar quem foi - deixou cair a camera ao chão e estragou a lente.
Pode ser que, com sorte, encontremos por ai uma daquelas descartáveis...
Até agora, nada mal.
Partiu-se uma digital, fez-se uma lasca na preciosa viola de um dos rapazes que chorou o resto do caminho como um bebé por conta disso (Deixa-te de tretas, P. isso é só verniz!) e deixou-se um saco com as peúgas (as minhas e da Eveyl) na estação de serviço (deviam ver a cara das espanholas a olharem para as nossas perninhas revestidas com meias com diabos no pinanço, caridosamente cedidas pelos rapazes do grupo - acreditem, era isto ou meias com raquetes).

Até agora, barrigadas de riso, bastante fominha e uma valente dor de costas pois, parecendo que não estou a ficar velha para carregar 18kg às costas encosta acima, ecosta abaixo num total de 17km (mas que a paisagem vale todo o esforço, vale).

Entretanto, dormimos numa cama hoje.
Todos na mesma, que isto não há dinheiro para esquisitisses.
E a cara dos espanhóis quando se lhes pede um quarto para cinco pessoas alegando que somos um casal também é digno de nota.

Ethel: Precisamos de um quarto para cinco pessoas.
Atendente: Cinco quartos?
Ethel (com alguma dificuldade): Não, não! Todos juntos.
Atendente: Cinco? Cinco pessoas, dois casais, um solteiro? Só temos quartos para casais e para solteiros.
Evey: Sir, nós os cinco somos um casal. Todos. Queremos dormir todos juntos.
Atendente: Cinco pessoas?
Evey: Cinco pessoas. Um quarto. Cama graaande.
Atentende: Cinco pessoas... Uma Suite?
Evey: A mais barata.
Atendente: Casal... Os cinco?
Evey: Sim, somos swingers.
Atendente: Aqui está a chave, senhora. Senhoras. Senhores... (em voz muito baixa) Mierda!

(Nota para os comichosos de serviço, a conversa original foi em inglês e traduzimos livremente, mantendo-se no entanto o mesmo rumo da conversa original)
E desengane-se quem pense que somos o casal mais estranho que por aqui pára porque isto é mesmo um hotel manhoso na parte velha de Santa Marta de Tormes em que se alugam quartos à hora.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ethel, Evey & Friends de Férias II

Num café-tipo-tasca-mau-aspecto ao pé da fronteira, 9h30.

P. -Desculpe, que sandes tem?
Empregado - Sandes de courato.
P. - Só?
Empregado - É... Sandes de courato... Mas são bem boas.
P. - Sim, sim, mas não tem mais nada? Um pão com queijo fresco ou assim?
Empregado - Olhó mariconço... Há sandes de courato. Queres uma mini?

domingo, 10 de agosto de 2008

Quem não tem mais nada para fazer faz testes idotas na net III




Your Seduction Style: The Charismatic



You're beyond seductive, you're downright magnetic!

You life live and approach seduction on a grand scale.

You have an inner self confidence and energy that most people lack

It's these talents that make you seem extraordinary - and you truly are!



LOL
Pois sim xD

Agora sim, férias!

Ethel, Evey & Friends rumam a Espanha sem rumo, sem roteiro.
Apoveitamos que o sol anda a brilhar e que o preço d gasolina desceu e lá vão os cinco para o país vizinho.

Talvez (talvez!) apareça um ou outro post, que o Mr. P. leva o portátil por motivos pessoais (que é como quem diz, não consegue deixar de falar com a namorada nem por cinco dias) e se (e este é um grande se) encontrarmos luz eléctrica, vamos partilhando os improvisos.
Voltamos (em principio, que isto é gente que não faz nada na vida até Outubro) lá para Quinta ou Sexta-Feira.

Desejem-nos boa sorte =)

sábado, 9 de agosto de 2008

Ascenção, Apogeu e Queda

No orfanato, com algumas das crianças e o Mr.P a debater a peça de teatro:

A. - Eu acho que devemos dizer a poesia em vez de a cantarmos.
Mr. P.- Pensava que queriam cantado!
A. -Sim mas é que... A Ethel canta tão mal.

E assim acaba a minha carreira de cantriz (cantora e actriz) que de tão longa chegou a durar uns 3minutos.
Um ponto para as criancinhas pela honestidade =)

Não, não vou parar de ser criança

Gosto de andar descalça. Mesmo que seja no Parque das Nações.
Gosto de rebolar pelos montes de relva a baixo mesmo que me olhem de lado.
Gosto de fingir que os montes são navios piratas e depois fazer a espargata e fingir que são um cavalo.
De abraçar as árvores, de fazer caretas, de me sujar sem remorsos, de almoçar apenas gelado, de cantar Hakkuna Matatta e troco qualquer tarde num shopping por uma tarde em baixo da árvore a ver as crianças brincar.

Não precisam lembrar-me que tenho 19 anos e tenho idade para ter juizo porque cada vez que dizem isso mais me fazem acreditar que se alguém é doido no meio disso tudo não sou eu.
Não insistam, não vale a pena.
Vou continuar a gastar mais dinheiro na comida da minha gata que na minha alimentação.
Vou continuar a achar que uma música, uma carta, um desenho são muito mais importantes que qualquer prenda comprada numa joalharia.
E prefiro Capprisonne de tutti-frutti a qualquer vinho.

E, acreditem ou não, sei o que faço.
E, acreditem ou não, gosto de ser assim.
Por isso parem de me tentar consertar que eu não estou estragada.
Não insistam.

Eu estou-me a borrifar para os carros, para as casas, para as prendas caras, para os restaurantes in.
Por isso, da próxima vez que tentarem falar comigo é bom que o assunto seja política, filosofia ou da Chuva de meteoros Perseídas.

Não podemos fazer algo corrupto e continuar incorruptos. E não me obriguem a repetir-me.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Oh why Santa? Why? II

M.-vais comigo a Lisboa?
Eu: Vou.
M.- Ena, pensei que ia ser dificil convencer-te!
Eu- Não, eu gosto de Lisboa.
M. - Olha mas vou ter de ir falar com o meu tio.
Eu- Não faz mal, eu também gosto do teu tio.

(No dia da viagem, depois de esperar mais de meia hora pela M., perto do McDonalds)

Estranho: És a Rita?
Eu: Não, não.
Estranho: Ah, ok...
(afasta-se e fica a olhar para mim)
Estranho: Tens a certeza que não és a Rita?
Eu: Absoluta.
Estranho: (aproxima-se mais um bocado) Se fores a Rita e eu não for o que estás à espera podes dizer e ir embora.

(mas eu tenho cara de quem alinha em encontros às cegas?!)

Eu: Mas eu não sou a Rita! A sério!!
Estranho: Sim, estás aqui parada no meio do nada por acaso...
Eu (tiro o BI da carteira e mostro-lhe): Vês? Não sou a Rita.
Estranho: Ah, pronto, pronto, desculpa.
Estranho: (30 segundos depois) Mas, então o que que estás a fazer aqui?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Sem palavras...

A propósito do post de hoje, a conversar com uma amiga importada (directamente do Brasil :) )

A. - Passamos tanta coisa juntos... E eu fui idiota, não percebi o que tinha nas mãos e fiquei vendo ele ir embora, deixei-o ir por orgulho, por medo...
Eu - E ainda gostas dele?
A. - Amor assim só acontece uma vez... Amo, sempre amei. Nem tenho outro lugar que não nos braços dele. Sempre vou amar, mesmo que ele não saiba.
Eu- E porque não lhe dizes?
A. - Ele teve um filho... Vive com a mãe do menino. Não vou interferir numa familia para consertar erros imperdoáveis.
Eu - ...
A. - Eu era boba... Tive medo de amar tanto assim. Olha só no que deu. Passaram cinco anos já. Pensei que o tempo ia levar este aperto no peito... Não levou. Sinto a falta dele do mesmo jeito, como no primeiro dia.
Eu - Eu não sei o que dizer...
A. - Não diga nada, tonta... Só não cometa o mesmo erro que eu.

Coisas a que dou demasiada importância





Acordo em casa de uma amiga depois de mais uma noite de cinema.

Sem fazer barulho, porque ela ainda dorme, arrasto-me até à cozinha e preparo um cappucino. Ligo o portátil (dela) deixado no chão da sala ao lado de uma taça de pipocas queimadas.

Acedo à conta google para me por a par das novidades nos blogs que costumo seguir e deparo-me com um e-mail vindo sei lá eu de onde.




Oi, tudo bem?
Espero que sim
Não sei nem como começar esse email. estou me sentindo
meio mal de dizer estas coisas para você por aqui.mas não sabia muito bem por
onde começar, como falar, como seria, tinha medo de sua reação.não vou mentir,
tentei varias e varias vezes te falar isso, dizer oque eu sinto... mas meu medo
era da sua reação..ha verdade é que eu te admiro tanto tanto que tenho até medo
de perder sua companhia.não sei se você ja percebeu quando eu fico te olhando
"horas e horas" pensando como seria se você estivesse comigo.a verdade é, eu
gosto de você sim.. não sei oque sera de mim, de nós, após esse email.como sera
sua reação, se ainda ira olhar para mim e se olhar, se vai se afastar, me olhar
com um jeito indiferente..porem creio que não, você nem deve imaginar mas eu te
conheço muito mais do que imagina..

se eu tivesse uma chance, uma unica chance, meu deus... eu faria de
tudo para dar certo.não sei mais medir meus sentimentos em relação a você,
depois de ler queria a chance de te falar isso e muito mais para vocêas vezes
penso que você tambêm pensa em mim, tambêm olha para mim com um jeito diferente,
não só como amigos..porem tambem as vezes penso que você não senti nada por mim
alem de amizade.isso ta apertando tanto meu coração..

Não vejo a hora de descobrir oque realmente somos, oque realmente vamos
ser (ou não).creio que depois de ter falado tudo isso, ja deve imaginar quem sou
eu, e espero que quando esteja lendo esse email..sinta um sentimento bom no seu
coração como eu senti quando estava lhe escrevendo..essa foto tirei olhando para
você, veja com seu coração. O rosto de uma pessoa que esta amando.

Veja minha foto, e saiba quem realmente te AMA LOUCAMENTE DE
PAIXÃO.





(retirei o link não fosse alguém sentir-se tentado a instalar um vírus no PC)


Alguém me explica porque que todos os e-mails que recebo com o assunto "não sei como te dizer isto mas... Eu gosto de ti" são sempre vírus?


E depois... depois de todos os meus discursos sobre a idiotice do amor, sobre o quão estúpidos ele nos faz ser, de dissertações vazias sobre a sua existência não passar de ilusão, apercebo-me que continuo a olhar com ternura para todas as demonstrações idiotas de amor.


Invejei cada carta de amor, das quase 400 que repousavam em cima da mesa e que nunca foram escritas para mim ou jamais serão escritas por mim.


Invejei e imaginei por momentos a sensação de ter alguém a quem as escrever, alguém a quem amar.


Acreditei que existisse algo além do momento, algo mais do que prazer instantaneo, mais do que luxúria.


Talvez haja. Mas para mim, o amor será sempre um e-mail com vírus. Sei reconhece-lo, recuso-me a abri-lo e apago-o instataneamente.


Não consigo deixar de o contemplar, por momentos e imaginar se realmente o abrisse, o estrago seria assim tão grande.

(créditos da imagem: acredito que seja da Evey, não tenho a certeza)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Quem não tem mais nada para fazer, faz testes idiotas na net II

Huum, não está mal, acho eu xD

bedroom toys
Powered By Lovers Toy Stores

Há portas que não se abrem...

"Durante anos interroguei-me sobre
a capacidade de persistência das testemunhas de Jeová. Durante semanas seguidas,
ao longo de vários meses que, possivelmente, se terão transformado em anos,
todos os Sábados de manhã tocavam à campainha de casa dos meus pais duas
senhoras cuja intenção era espalhar "a palavra". Todas as semanas nós
ignorávamos a campainha num hábito que passou dos meus pais para mim: quem é bem
vindo a esta casa avisa que vem. Quando não avisa que vem, tem de avisar que
está à porta. Mesmo hoje em dia, no meu pequeno T1, não levanto o rabo do sofá
da sala para dar três passos e ir ao vídeo porteiro espreitar quem toca. Mas
quando era miúda espreitava do canto da janela, rebentando de curiosidade sobre
o que levava aquelas senhoras a insistir, vezes sem conta, naquela morada que
não lhes dava resposta."

(podem ler o resto do post da menina Bad Girl em Testemunha de Jeová, eu? Não, graças a Deus! )

Nas escadas do meu prédio, às 3h30

Eu - É tarde, vou subir.

T. (segura-me a mão) - Fica.

Eu - Pára.

T. - Porquê?

Eu - Não posso. Não se escolhe de quem se gosta.


T. - Se pudesses escolher mudava alguma coisa?

Eu - Nada.

sábado, 2 de agosto de 2008

Why, Santa? Why?

Por sms:

T. - Vês o que quero dizer quando digo que não és deste mundo?
Já reparaste que sempre que estás triste chove? E pior, estragas-me sempre os dias de praia.
É a segunda vez em um mês. O mínimo que podes fazer para me compensares é pagar-me um café.

Eu (15min depois) - Ok, claro. Dá-me o número da conta que eu transfiro-te os 65cêntimos.

E tu, como vais morrer?

Quem não tem mais nada para fazer, faz testes idiotas na net



http://evey986576.esta.podrida.com/.


Nota; não podiam ser orquideas, não? =)

Não é ridículo

como a maioria das pessoas esperam por uma chance de serem verdadeiramente felizes na vida e, quando a tem ao alcance dos dedos a deixem escapar?

"As nossas dúvidas sao traidoras, fazem-nos perder com frequencia o que poderiamos ganhar,pelo simples medo de arriscar"
William Shakespeare

"Mas o que que estás para ai a dizer, Eveyzinha?" Pergunta o caríssimo leitor.
Sim, porque isto apesar de não ter comentários parece ter leitores, segundo o google analytics. E mais que não seja, lêmo-lo eu e a Ethel.

Pois bem, caríssimo e tímido leitor, digo e repito para quem precisa de ouvir que a vida é para ser vivida.
Quando a vida vos voltar as costas, apalpem-lhe o rabo!
Como alguém me cantou no outro dia (ah, sim, lembrei-me de mais um leitor além das autoras do blog, obrigada T.), deixem o mundo girar para o lado que ele quer. Não o podemos parar, não temos nada a perder. Estamos aqui de passagem.
Oiçam a vossa voz. Sem medos, caminhem em frente.
Sejam quem realmente são, independentemente do que outros possam pensar.
Sejam o que são de melhor. Orgulhem-se disso.
Por mais que falhemos e continuemos a tentar, só falhamos realmente no dia em que deixamos de tentar.

E as cicatrizes são souvenirs que não podemos perder.




Quantas vezes vais olhar para trás
Estás preso a um passado que pesou
Quantas vezes vais ser tu capaz de
Fazer sair quem por engano entrou

Abre a tua porta
Não tenhas medo
Tens o mundo inteiro
à espera para entrar
De sorriso no rosto
Talvez o segredo
Alguém te quer falar

Olha em frente e diz-me
Aquilo que vês
Reflexos de quem conheces bem
Ouve essa voz, é a tua voz
Dá-lhe atenção e a razão que tens

Deixa o mundo girar para o lado que quer
Não podes parar nem tens nada a perder
Estas de passagem,

Não leves a mal se te manda avançar
Talvez seja o sinal que não podes parar
Estas de passagem

Vai aonde queres
Ser quem tu quiseres
Estende a tua mão
De quem vier por bem

P.S. Como mundo dá muitas voltas, quem foi de férias foi a minha Ethelzinha... Espero que estejas a divertir-te (eu sei que estás ehehe).

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Como fazer figura de parva em quatro passos simples

1- Ir a um bar buscar uma amiga de uma amiga que está bebeda numa noite em que tudo o que nos apetece é ficar em casa de pijama a ver TV. Reparar que é o mesmo bar onde trabalha um rapaz que gosta de nós e inclusive nos deu flores, cartões e pequenos-almoços e ficar a olhar para ele sem saber o que dizer quando ele nos cumprimenta.

2- Olhar para ele com os olhos marejados de lágrimas quando ele nos diz que é teimoso e não desiste de nós por mais que lhe digamos não, pois não o assustamos nem um pouco com o nosso mundo estranho e revermo-nos nas suas palavras.

3-Perceber que não se consegue levar a amiga sozinha para casa e ter de pedir boleia ao rapaz em questão depois de se lhe ter dado o maior fora de todos os tempos.

4-No dia seguinte, ignorar as sete chamadas logo pelas nove da manhã. Ser rude quando ele aparece à porta de casa, dizer-lhe que não adianta e que nunca vai dar em nada. Descobrir, então, que deixamos a carteira no carro dele e que ele só a veio devolver.